Destino: Serra da Canastra (MG)

A viagem

Conteúdo neste artigo:

Introdução

A Serra da Canastra é um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza. Com paisagens exuberantes, cachoeiras imponentes e uma rica biodiversidade, a região encanta visitantes do mundo inteiro. Além disso, a serra abriga a nascente histórica do Rio São Francisco, um dos mais importantes do Brasil. Ao explorar a Serra da Canastra, é possível vivenciar momentos de tranquilidade e conexão com a natureza, enquanto descobre a rica cultura local e saboreia os deliciosos premiados queijos produzidos na região.

Localização

A região da Serra da Canastra fica no Sudoeste do estado do Minas Gerais e para quem deseja visita-la, a localização é um fator importante a ser considerado. As distâncias aproximadas de carro, partindo das capitais mais próximas são:

  • São Paulo/SP: Aproximadamente 550 km.
  • Rio de Janeiro/RJ: Aproximadamente 650 km.
  • Belo Horizonte/MG: Aproximadamente 350 km.

É importante ressaltar que essas distâncias podem variar dependendo do ponto de partida exato e da rota escolhida.

O local é conhecido pelas atrações naturais, como rios, cachoeiras, vegetação, vida selvagem e, obviamente, pelas formações rochosas da serra, todas elas presentes tanto dentro do Parque Nacional, quanto em seus limites. A região abrange diversos municípios, sendo São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento e São João Batista do Glória os principais centros urbanos, juntamente com uma vasta zona rural, nestes, e nos municípios ao redor, compondo assim a “Região da Serra da Canastra” ou também conhecida como “Região da Canastra”.

Como chegar

Para os principais passeios, as cidades ideais de ponto de chegada, ou ponto base são: Piumhi/MG (um pouco mais distante, no entanto com mais estrutura), Sacramento/MG (para quem vai começar atravessando o Parque Nacional da Serra da Canastra), São Roque de Minas/MG e Vargem Bonita/MG (para quem quiser estar na cara do gol).

Para chegar em Piumhi, São Roque de Minas e Vargem Bonita, a melhor estrada de chegada é via MG-050. Sendo Piumhi às margens da rodovia e porta de entrada pro melhor caminho até São Roque de Minas e Vargem Bonita. Para chegar em Sacramento, que fica do outro lado da região, as referências são Uberaba/MG ou Franca/SP, dependendo do ponto de partida. Ambas as cidades estão a aproximadamente uma hora e meia de Sacramento.

O ponto de destino na região vai ser definido de acordo com o roteiro de visitas planejados por lá. Em razão disso, diversos fatores podem influenciar nesta definição de rota:

  • Quais atrativos serão visitados?
  • Qual a distância do seu ponto de partida até a região da Canastra?
  • Quantos dias irá ficar na região?
  • Qual tipo de visita irá fazer? Com tours guiados ou sozinho?

Existem diversos caminhos até a Região da Serra da Canastra, partindo dos maiores aglomerados urbanos mais próximos. Portanto, uma pesquisa bem aprofundada da rota, levando em consideração o seu roteiro de visitações é extremamente importante.

Nossas Rotas

Já fomos para região da Canastra em duas oportunidades e nas duas vezes, fizemos rotas diferentes. O nosso ponto de partida é sempre de onde moramos em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.

Na primeira ocasião, o destino base foi Piumhi, fazendo a rota abaixo:

  • Iniciamos a viagem pela via Dutra (BR-116) sentido São Paulo/SP até a saída para a Rodovia Dom Pedro (SP-065) sentido Campinas/SP.
  • Próximo a Campinas, acessamos Rodovia SP-340 sentido Jaguariúna/SP.
  • Seguimos sentido São José do Rio Pardo, até a divisa do estado de SP/MG.
  • A primeira cidade do estado de Minas Gerais por este caminho era Guaxupé/MG.
  • Após Guaxupé, seguimos sentido Alpinópolis (com trechos de terra) para pegar a MG-050, que nos levaria até Piumhi.
  • Obs.: A rodovia MG-050 passa no meio da represa de Furnas, próximo à Capitólio, o que nos presentou com belas vistas da região, porém como já estávamos atrasados, não havia tempo para longas paradas por ali.

Na segunda ocasião, fizemos uma rota com mais pontos de estadia, porém com o ponto de chegada em Sacramento:

  • Iniciamos a viagem pela via Dutra (BR-116) sentido São Paulo/SP até a saída para a Rodovia Dom Pedro (SP-065) sentido Campinas/SP.
  • Na região de Campinas, acessamos a Rodovia Anhanguera (BR-050);
  • Seguimos pela Rodovia Anhanguera, passando por Ribeirão Preto/SP. O objetivo era atravessar o limite de estados SP/MG por Delta/SP, pela antiga ponte treliçada da Mogiana, passando pelo Museu da Revolução Constitucionalista, no entanto não foi possível, devido a imprevistos com o outro carro que nos acompanhava na viagem.
  • Seguimos pela travessia por Delta, pela ponte normal de concreto, e saímos logo após a ponte, acessando a BR-464 (com trechos de terra) sentido Conquista/MG e chegando então em Sacramento/MG.
Carros na parada para descanso.

Roteiros

Nas duas ocasiões que fomos até a Serra da Canastra, tínhamos objetivos diferentes, mas que também no final das contas se interligavam. Planejamos o nosso roteiro minuciosamente antes de sair de casa, visto que preferimos realizar roteiros autoguiados sempre que possível.

Primeira visita a região

Seguimos o seguinte roteiro na primeira visita a região:

  • 1º dia: Viagem SJCampos/SP x Piumhi/MG;
  • 2º dia: Conhecer o PN Serra da Canastra, pela portaria 1 em São Roque de Minas, visitando a Nascente do Rio São Francisco (e o que mais desse a partir dali);
  • 3º dia: Conhecer o PN Serra da Canastra, pela portaria 4, em São José do Barreiro, visitando a Cachoeira Casca D’Anta e fazer a trilha para a parte alta;
  • 4º dia: Retorno de volta para casa.

Segunda visita

E planejamos o seguinte roteiro para a segunda visita:

  • 1º dia: Viagem SJCampos/SP x Sacramento/MG e descansar;
  • 2º dia: Partir de Sacramento até a portaria 3 do PN Serra da Canastra e descer até a Cachoeira do Fundão; fazer a trilha da Cachoeira do Fundão. Visitar a Garagem de Pedra e então ir direto para a portaria 1 do Parque, saindo para São Roque de Minas, acampando próximo a estrada de volta à portaria 1.
  • 3º dia: Levantar acampamento e subir de volta para o Parque via portaria 1, visitando a Nascente Histórica do Rio São Francisco, continuar seguindo até o Curral de Pedras, visitar e tomar banho na parte alta da Cachoeira Casca D’Anta e então retornar a portaria 1, saindo do parque e indo em direção ao distrito de São José do Barreiro, onde iríamos acampar novamente.
  • 4º dia: Levantar acampamento, seguir para a portaria 4 do Parque onde visitaríamos a parte baixa da Cachoeira Casca D’Anta. Após isso, seguiríamos da Cachoeira Casca D’Anta para ficar em um camping logo após a descida da Serra Branca.
  • 5º dia: Levantar acampamento, e ir em direção ao caminho do céu e o Mirante do Caminho do Céu e então começar o caminho até Passos/MG, onde ficaríamos hospedados, para então retornar para casa no dia seguinte.
  • 6º dia: Viagem de retorno de Passos/MG x São José dos Campos/SP

Imprevistos

Entretanto, não foi possível executar o planejado, como já mencionado anteriormente, imprevistos acontecem:

Mecânico realizando o reparo no carro.

Um imprevisto mecânico com o outro carro que nos acompanhava acabou modificando nossos planos, e em razão disso tivemos que encurtar a viagem, removendo o 4º, o 5º e o 6º dias, para o roteiro abaixo:

  • 1º dia: Viagem SJCampos/SP x Sacramento/MG e descansar;
  • 2º dia: De Sacramento, após conserto do carro, partimos para a portaria 3 do PN Serra da Canastra, não fomos até a Cachoeira do Fundão, pois não havia tempo hábil, então visitamos a Garagem de Pedra, e logo depois fomos direto para a portaria 1 do Parque, saindo para São Roque de Minas, acampando conforme planejado.
  • 3º dia: Este foi exatamente como planejado: levantamos acampamento e subimos de volta para o Parque via portaria 1, visitamos a Nascente Histórica do Rio São Francisco, seguimos até o Curral de Pedra e depois até a parte alta da Cachoeira Casca D’Anta. Retornamos então à portaria 1, saindo do parque e indo em direção ao distrito de São José do Barreiro, para acampar.
  • 4º dia: No 4º dia levantamos acampamento, e fomos para a portaria 4 do Parque para visitar a parte baixa da Cachoeira Casca D’Anta. Com a falha que havia ocorrido com o carro que nos acompanhava, decidimos não seguir os outros trechos da viagem, devido a serem um pouco mais remotos, e então, saindo do parque, já pegamos o trecho de volta pra São José dos Campos/SP.

Imprevistos acontecem. Esteja preparado para alterações de roteiro caso eles venham a se concretizar.

Infraestrutura

Finalmente, a infraestrutura do caminho até a Região da Canastra. É importante sempre verificar o tipo de estrada que será enfrentada para não causar danos desnecessários no carro, visto que, dos vários caminhos possíveis até alguma das cidades na região, a maioria deles inclui trechos de estradas não pavimentadas. Caso não tenha um carro alto, é mais indicado tomar apenas caminhos pavimentados.

Placa de aviso de final de trecho pavimentado em direção à Serra da Canastra.
Imagem do Google Street View (maio de 2022)

Ao chegar na região da Canastra, a maioria das estradas são de terra. Em razão disso, em certas épocas do ano o terreno pode estar muito degradado, dificultando o acesso aos veículos “normais”. Esteja ciente dessa possibilidade e procure se informar sobre as condições antes de viajar. Se for fazer um passeio 4×4, a Canastra é um dos locais mais conhecidos do Brasil para esse tipo de atividade.

Com relação à combustível, pode soar obvio, entretanto, é sempre importante estar de olho no nível do tanque, pois, quanto mais saímos dos aglomerados urbanos, menor é o número de postos de combustível e maior é o valor pago por litro.

Importante ainda mencionar que, nos locais mais remotos onde existem áreas rurais ou até mesmo áreas de mata ou floresta por onde a estrada corta, redobre a atenção, principalmente por conta de animas que podem estar cruzando a rodovia. Dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, um Tamanduá Bandeira cruzou a estrada na nossa frente! Estar atento aos arredores e ao retrovisor é importante para não machucar animais e também para evitar acidentes de trânsito. Tenha cuidado também ao contemplar a natureza às margens das estradas/rodovias.

Por fim…

A Serra da Canastra oferece uma experiência única para os amantes da natureza e aventura. A região, com sua rica biodiversidade e belezas naturais, convida a explorar suas trilhas, cachoeiras e paisagens exuberantes. No entanto, planejar a viagem com antecedência é fundamental, considerando as diversas opções de rotas e os desafios das estradas de terra. Ao visitar a Serra da Canastra, é possível vivenciar momentos inesquecíveis em contato com a natureza, saborear a culinária local e conhecer a rica cultura mineira. Além disso, a região oferece uma variedade de atividades para todos os gostos, desde trilhas mais leves até expedições mais desafiadoras. Para aqueles que buscam tranquilidade e contato com a natureza, a Serra da Canastra é o destino perfeito.

Abaixo estão mais artigos das nossas aventuras na Serra da Canastra:

Parque Nacional da Serra da Canastra

Trilha da Cachoeira Casca D’Anta

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