Litoral Nordestino

O Guia Definitivo de 10 Dias por Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte

Conteúdo deste artigo:

Introdução

Este é um relato de uma road trip de 10 dias pelo Litoral Nordestino, passando por: Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O objetivo foi vivenciar a diversidade da região, combinando praias paradisíacas com locais de importância geográfica e histórica. Este artigo compartilha a experiência completa, dos acertos aos perrengues, para que você possa planejar e executar sua própria aventura.

Ficha Técnica

  • Destino: Litoral do Nordeste (com foco em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte)
  • Duração: 10 dias
  • Foco principal: Road Trip, Praias, História e Gastronomia
  • Motivo da viagem: Férias com Exploração e Aventura
  • Data da viagem: Outubro de 2023
  • Melhor época para visitar: De outubro a março, com clima mais estável, sol e mar mais claro. Esse período também abrange alta temporada. Dê preferência para o período logo antes ou logo depois da alta temporada para evitar multidões.
  • Classificação de Preço: $$$$$
  • Nossa Avaliação: ★★★★★

Localização e Rotas

Nossa viagem começou com uma carona de um amigo até o Aeroporto de Guarulhos/SP. Voaríamos de São Paulo para Alagoas. Nossa porta de entrada foi o aeroporto de Maceió/AL, de onde seguimos viagem de carro alugado. O eixo principal de deslocamento entre as cidades foi a rodovia BR-101. A condição da via variou bastante: na maior parte do trecho estava trafegável, mas encontramos pequenos trechos bem ruins, com buracos e até sem pavimentação. Percorremos todos os trechos com um carro hatch normal, porém, apesar do carro e das condições das vias, não houve problemas.

Transporte e Custos

A seguir temos um resumo sobre os custos que tivemos relacionados à transporte durante essa viagem no Litoral Nordestino:

Passagens Aéreas

As passagens foram adquiridas com milhas Smiles + Dinheiro.

  • Bilhete Ida (GRU-MCZ): 50.400 milhas + R$ 0,00
  • Bilhete Volta (NAT-GRU): 34.120 milhas + R$ 520,00
  • Taxa de embarque Ida: R$ 61,30
  • Taxa de embarque Volta: R$ 72,54
  • Reserva de Assento: 4.600 milhas + R$ 50,00
  • Total Pago (2 pessoas): 89.120 milhas + R$ 703,84

Aluguel do Carro

Optamos por um aluguel one-way (retirada em Maceió/AL, devolução em Natal/RN) com a Localiza. Como chegamos de madrugada e, na pressa, não fizemos uma vistoria completa do carro ao retirá-lo. No dia seguinte, notei uma avaria no para-barro, que estava preso com arames. Por esse motivo, tive que lidar com isso assim que possível, para não enfrentar problemas depois. A solução para o caso foi a troca do carro, que ocorreu sem quaisquer contratempos. A dica é clara: sempre confira o carro antes de sair da locadora.
Custos Detalhados do Alguel do Carro (10 dias):

  • Diária: R$ 69,95 x 10 = R$ 699,50
  • Proteção Carro Casco: R$ 29,95 x 10 = R$ 299,95
  • Prêmio Diário Total: R$ 14,95 x 10 = R$ 149,50
  • Taxa de Devolução em outra Agência: R$ 914,60
  • Taxa de Aluguel: R$ 247,57
  • Total: R$ 2.310,67 (pagamos em dinheiro apenas a taxa de devolução; o restante foi com milhas).

Hospedagens

Nosso estilo de viagem não inclui grandes hotéis ou resorts. Buscamos simplicidade, privacidade e bom custo-benefício, já que a hospedagem é nossa base para descanso. Com exceção do Airbnb em João Pessoa/PB, todas as reservas foram feitas diretamente com os estabelecimentos, o que muitas vezes garante preços melhores.

  • Maceió (2 noites): Pousada Estalagem (Ponta Verde). Simples e muito boa para o nosso estilo. Custo Total: R$ 260, com café da manhã.
  • São Miguel dos Milagres (2 noites): Chalés Sol de Milagres. Confortáveis e bem equipados. Custo Total: R$ 320.
  • João Pessoa (2 noites): Apartamento via Airbnb (Tambaú). Completo, com cozinha e área de serviço. Custo Total: R$ 400.
  • Natal (3 noites): Pousada Mar e Brisa (Ponta Negra). Quarto limpo e normal, com estacionamento. Custo Total: R$ 520, com café da manhã.

Roteiro

Dia 1: Chegada em Maceió, Foz do São Francisco

Chegamos em Maceió/AL por volta das 02h da madrugada e, fomos à agência da Localiza do aeroporto retirar o carro para partirmos em direção à Foz do Rio São Francisco. Após dirigir por cerca de 3h, fiz uma pausa para descanso de 1h na beira da estrada, no carro mesmo. Após o descanso, pegamos novamente a estrada. Contudo, após poucos quilômetros rodados, fizemos uma parada para o café da manhã, na divisa entre Alagoas e Sergipe em Propriá/SE. Durante essa parada para o café notei uma avaria embaixo do carro, mas decidi por resolver isso mais tarde.

Chegamos ao povoado de Saramém, em uma “Prainha” na Foz do Rio São Francisco, por volta das 8h30. Chegando lá, um senhor nos ofereceu um passeio de barco pela Foz, mas, em virtude do tempo nublado, optamos por não fazer. Para o retorno, seguimos a dica desse mesmo senhor, que ao invés de voltar pela Ponte em Propriá, nos indicou pegar a balsa em Brejo Grande/SE. E assim fizemos, após uma espera de aproximadamente 2 horas no porto, pegamos a balsa por volta das 11h30 da manhã. A travessia de 20 minutos de Brejo Grande/SE para Piaçabuçu/AL custou R$40 e reduziu nosso tempo de retorno a Maceió.

Barcos de Pescadores na Prainha do Vilarejo de Saramen, Brejo Grande/SE
Barcos na Foz do Rio São Francisco, em Brejo Grande/SE
Entrando na Balsa em Brejo Grande/SE para atravessar o Rio São Francisco para Piaçabuçu/AL
Balsa em Brejo Grande/SE para atravessar o Rio São Francisco para Piaçabuçu/AL
Visão da Prainha de Saramem, Brejo Grande/SE.
Prainha no Povoado de Saramem, na Foz do Rio São Francisco
De volta a Maceió e Troca do Carro

Ao chegarmos de volta a Maceió, a prioridade foi resolver a pendência do veículo. Entramos em contato via telefone com a Localiza e informamos sobre a avaria do carro e com isso, nos pediram para ir até uma agência para verificação. Dessa forma, fomos diretamente à agência da Localiza em Jatiúca para realizar uma vistoria. Nesse momento, informei aos atendentes que gostaria que o carro fosse trocado, para que não houvesse qualquer problema durante o meu uso. Prontamente, eles efetuaram a documentação e a troca do veículo, sem quaisquer cobranças adicionais ou implicações no contrato de aluguel em andamento.

Só então com o caso do carro resolvido, fomos para a Pousada Estalagem, na Ponta Verde, fazer o check-in. Depois de um descanso, fomos à feira de artesanato na orla e, por fim, encerramos o dia jantando num restaurante ao lado da hospedagem, que oferecia um buffet à vontade por R$ 70, por pessoa. Após o jantar, retornamos para a pousada, prontos para descansar para o dia seguinte.

Dia 2: Litoral Sul de Alagoas: Jequiá e Gunga

No nosso segundo dia, após o café na pousada, pegamos o carro e fomos em direção ao litoral sul do Alagoas. Primeiramente, fomos até Jequiá da Praia, um local que foge da rota turística convencional. Lá, fizemos uma longa caminhada pela areia, exploramos as falésias e observamos os recifes de corais que ficam expostos na maré baixa, uma dica de ouro para quem visita a área. Em seguida, fomos para a Praia do Gunga, que é, em contrapartida, um destino muito mais movimentado e estruturado, com um estacionamento pago de R$ 20. O local oferece diversas atividades, como passeios de buggy e quadriciclo, além de uma ampla estrutura de bares e lojas.

Recifes de Corais na praia de Jequia, em Jequiá da Praia, Alagoas.
Praia de Jequiá – Jequiá da Praia/AL

Apesar do grande movimento no Gunga, encontramos um canto mais sossegado na praia para tomar uma água de coco, que, aliás, é muito barata, sendo possível encontrar por R$ 5. Conforme o horário do almoço se aproximava, escolhemos um dos quiosques para comer, e vale notar que os preços tanto das bebidas quanto das refeições são bem justos por lá. Por fim, após a refeição, retornamos para a pousada em Ponta Verde para um banho e depois saímos novamente apenas para comprar algumas lembrancinhas. Encerramos a noite com um lanche rápido na orla, algo simples que não vale a menção de detalhes, antes de voltarmos para descansar para o dia seguinte.

Canto da Praia do Gunga, em Roteiro/AL
Praia do Gunga – Roteiro/AL

Dia 3: Rumo a São Miguel dos Milagres

O terceiro dia foi dedicado ao deslocamento para São Miguel dos Milagres/AL. Após fazermos o checkout da pousada por volta das 08h da manhã, seguimos de carro para o norte, fazendo paradas no caminho, inclusive em pontos turísticos como a Praia do Carro Quebrado e Barra do Camaragibe. Chegamos ao nosso destino por volta das 14h e, como o nosso check-in era apenas às 15h, aproveitamos para conhecer a praia de Porto da Rua. Nossa hospedagem foi nos Chalés Sol de Milagres, que por sinal, são bem completos, com cozinha e uma mini área de serviço, embora não ofereçam café da manhã, é uma boa pedida na região.

Caminho para a Praia do Carro Quebrado, Barra de Santo Antônio/AL.
Casa de Taipa em uma das entradas da Praia do Carro Quebrado
Bobó de Lagosta, Restaurante Grande Lau, em São Miguel dos Milagres/AL
Bobó de Lagosta, com Arroz, Bananas Fritas e Salada

É importante mencionar que as ruas principais da cidade são muito movimentadas, por isso, a melhor dica é deixar o carro parado e caminhar, pois tudo é relativamente próximo. A região é focada nas praias, que, aliás, têm as águas mais quentes em que já entramos. Nesse primeiro dia, após nos instalarmos, retornamos à praia para um almoço tardio no Restaurante Grande Lau. Por fim, depois da refeição, voltamos ao chalé para descansar e nos preparar para o dia seguinte.

Dia 4: Explorando Milagres

Neste dia em São Miguel dos Milagres, adotamos uma abordagem mais autônoma e tranquila. Primeiramente, fomos a um mercado local para comprar o necessário para nosso café da manhã e lanches, o que nos deu mais flexibilidade. Em seguida, passamos algumas horas na Praia do Toque, onde decidimos não fazer nenhum passeio e apenas curtir o mar e caminhar, até porque a água estava um pouco turva para o snorkel que eu havia planejado. Na hora do almoço, fomos ao restaurante Favoritu’s, no centro do vilarejo de Porto da Rua.

Visão da Praia do Toque, em São Miguel dos Milagres/AL
Visão da Praia do Toque, em São Miguel dos Milagres/AL

Após a refeição, retornamos pela praia de Porto da Rua para uma última caminhada antes de voltarmos ao chalé. O restante da tarde foi dedicado a organizar nossas coisas e, sobretudo, descansar. A ideia principal era nos prepararmos para o deslocamento do dia seguinte, pois planeávamos sair bem cedo para a viagem até João Pessoa, que incluiria duas possíveis paradas no caminho.

Dia 5: Maragogi, Forte Orange e a Chegada em João Pessoa

Saímos da hospedagem as 06h da manhã, com o objetivo principal de chegar em João Pessoa/PB, mas com metas secundárias em mente, conforme o tempo permitisse. Partindo da região de São Miguel, pegamos uma balsa de Porto de Pedras para Japaratinga que custou R$ 20. Ainda era bem cedo, por isso, decidimos fazer a parada em Maragogi. Ainda na estrada avistamos um rapaz com camiseta de passeios às piscinas naturais, assim, acenei para ele e paramos para conversar. Negociamos um passeio de lancha para as piscinas naturais, que saiu por R$ 120 por pessoa.

Travessia de Balsa de Porto de Pedras para Japaratinga (Vista de Porto de Pedras)
Travessia de Balsa de Porto de Pedras para Japaratinga

Enquanto aguardávamos a saída do passeio, fomos tomar um café, incrivelmente barato, R$ 11 na Bolachas Maragogi. Embarcamos na lancha por volta das 8h30, chegando nas piscinas as 09h. O passeio durou cerca de 1h30, com passagem no Caminho de Moisés, onde ficamos por volta de 20 minutos. É importante mencionar que, apesar da lancha ter menos pessoas que no passeio do catamarã, por exemplo, o movimento nas piscinas naturais no local onde a lancha ancorou, ainda era intenso.

Peixes na Piscina Natural dos Recifes de Maragogi/AL
Peixes na Piscina Natural dos Recifes de Maragogi/AL

Após o passeio, tomamos uma ducha e seguimos viagem, atravessando a divisa AL/PE por volta das 11h15. Pegamos um pouco de trânsito na região metropolitana de Recife, mas embora isso tenha nos atrasado um pouco, ainda sim decidimos desviar para o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá/PE, onde chegamos por volta das 13h45. A visita ao forte, que tem uma rica história sobre a invasão holandesa, foi gratuita, assim como o estacionamento. Logo que finalizamos nossa visita ao forte, fizemos um breve lanche por ali mesmo e, seguimos novamente viagem, atravessando a divisa PE/PB por volta das 15h45.

Canhão do Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco
Canhão do Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco
Chegada em João Pessoa

Chegamos na região de João Pessoa/PB por volta das 17h e chegamos ao Airbnb alugado por volta das 18h. Essa hospedagem era um apartamento completo de um quarto, e foi planejada de forma que tivéssemos um pouco mais de comodidade, para um bom descanso na metade da nossa viagem. À noite, famintos, caminhamos pela Orla de Tambaú, onde um simpático convite de uma recepcionista (e uma folha voadora!) nos levou a um restaurante. Lá, jantamos postas de peixe frito com acompanhamentos e uma cervejinha! Fizemos um breve reconhecimento da orla e voltamos ao Airbnb para, finalmente, descansar depois de toda a correria do dia!

Dia 6: Transamazônica, Eclipse e Descanso em João Pessoa

Nosso dia em João Pessoa foi mais tranquilo, focado em atividades chave, apenas. Começamos de um jeito bem local, comprando o café da manhã em uma padaria da rua e aproveitando para lavar algumas roupas na hospedagem. Em seguida, pegamos o carro e fomos até a cidade vizinha, Cabedelo, para ver o marco inicial da Transamazônica e caminhar pela praia até o Dique. De volta a João Pessoa, deixamos o carro no prédio e caminhamos até a orla para almoçar. A escolha do restaurante foi aleatória e, dessa vez, a refeição saiu mais em conta, principalmente porque não pedimos bebidas alcoólicas.

Dique de Cabedelo/PB
Dique de Cabedelo/PB
Marco de Início da Rodovia Transamazônica (BR-230)

A tarde foi dedicada a explorar o comércio local; passamos pela Feirinha de Tambaú e por outros centros de artesanato para comprar algumas lembrancinhas. Foi justamente nesse momento que o eclipse começou a se formar, então paramos em uma sorveteria para acompanhar o fenômeno. Mais tarde, já à noite, saímos novamente para garantir mais alguns presentes. Para fechar o dia, optamos por um lanche simples na própria hospedagem, até porque o dia seguinte seria novamente de deslocamento na estrada.

Feirinha de Artesanato de Tambaú, João Pessoa/PB
Feirinha de Artesanato de Tambaú, João Pessoa/PB

Dia 7: Chegada em Natal e o Morro do Careca

Acordamos um pouco mais tarde, já que a devolução da chave do apartamento exigia uma logística específica. Saímos por volta das 8h30 e, depois de entregar a chave, pegamos a estrada sentido norte, dessa vez sem paradas planejadas no caminho. Chegamos em Natal/RN por volta das 11h30 e, como ainda era cedo para o check-in, apenas deixamos o carro na pousada e fomos caminhar pelo calçadão de Ponta Negra.

Vista para o Morro do Careca a partir da Praia de Ponta Negra/RN
Vista para o Morro do Careca a partir da Praia de Ponta Negra/RN

Aproveitamos o tempo livre para almoçar em um quiosque com uma vista excelente para o Morro do Careca, onde um “Misto do Mar” para duas pessoas, com bebidas, custou aproximadamente R$ 150.

Após o almoço, caminhamos até o Morro do Careca e depois finalmente fizemos o check-in na Pousada Mar e Brisa. A pousada era simples, mas funcional, com tudo que precisávamos. Depois de descansar um pouco da viagem, saímos à noite para explorar os arredores. Demos uma passada na feirinha de artesanato, mas decidimos deixar as compras para o último dia. Na volta, descobrimos uma espécie de praça de alimentação permanente, com food trucks e bem movimentada. Por ali mesmo, pegamos um pastel e um refrigerante.

Misto do Mar, refeição em um Quiosque na Praia de Ponta Negra
Misto do Mar, refeição em um Quiosque na Praia de Ponta Negra

Dia 8: As Dunas e a Emoção de Genipabu

Depois do café na pousada, nosso plano era explorar a costa norte. A primeira parada seria a Fortaleza dos Reis Magos, mas descobrimos que ela não abre às segundas-feiras. De qualquer forma, tiramos algumas fotos por fora e seguimos viagem, passando pela ponte Newton Navarro até a Redinha. O local, no entanto, estava muito parado, então decidimos continuar até Genipabu.

Ponte Newton Navarro, travessia para Redinha na região de Natal/RN
Ponte Newton Navarro, ligação para o bairro da Redinha em Natal/RN

Ali, nosso plano inicial de apenas conhecer a praia mudou quando recebemos uma oferta para dividir um passeio de buggy. No final, o passeio de 2 saiu por R$ 150 por pessoa, mais uma taxa de R$ 20 por pessoa, para entrar no Santuário das Dunas de Genipabu. Sem dúvida, valeu muito a pena, com trechos “com emoção” e paradas para fotos incríveis, nas dunas, em algumas lagoas, na praia de Genipabu e na praia de Santa Rita.

Vista da Região de Genipabu e Natal no horizonte, a partir das Dunas de Genipabu.
Vista da Região de Genipabu e Natal no horizonte, a partir das Dunas de Genipabu

Após o passeio, retornamos para a pousada, chegando por volta das 14h. Depois de um banho, saímos para almoçar e encontramos o Restaurante Varanda, na avenida principal de Ponta Negra. O resto da tarde foi para descansar. Já à noite, retornamos àquela área de food trucks que havíamos descoberto e, dessa vez, pegamos um açaí com cupuaçu para comer na pousada antes de dormir, encerrando o dia de forma tranquila.

Dia 9: Preparativos para a Volta

Acordamos tarde, a ponto de perder o café da manhã, e a primeira providência foi levar o carro alugado para lavar. Em seguida, fomos à feira de artesanato para as compras finais, garantindo lembrancinhas, castanhas-de-caju e doces regionais. Para o almoço, retornamos a um local conhecido, o Restaurante Varanda, onde comemos um frango à parmegiana para variar dos frutos do mar.

Depois de pegar o carro da lavagem, voltamos para a pousada para descansar. Mais para o fim da tarde, saímos para uma última caminhada na Orla da Ponta Negra, onde aproveitei para dar um mergulho final no mar e tomar uma água de coco barata, por volta de R$ 5. Já à noite, o cansaço acumulado da viagem falou mais alto. Por isso, em vez de sair para jantar, apenas fomos a um mercado próximo, compramos alguns petiscos e comemos no quarto mesmo, de forma bem simples e relaxada.

Dia 10: A Fortaleza dos Reis Magos e o Retorno para Casa

No nosso último dia, o foco já era o retorno para casa. Acordamos, tomamos o café da manhã na pousada e, em seguida, organizamos as malas no carro antes de fazer o check-out. Ainda assim, como nosso voo era só no final da tarde e tínhamos a pendência da Fortaleza dos Reis Magos, decidimos que daria tempo de fazer essa visita. Antes de sair de Ponta Negra, fizemos uma parada em uma padaria para garantir alguns salgados e bebidas, já que não pararíamos para um almoço formal.

Dessa forma, nos direcionamos para a Fortaleza. A entrada e o estacionamento foram gratuitos, contudo, é preciso uma caminhada de aproximadamente 600 metros até a entrada do forte, um caminho que, aliás, tem uma vista muito bonita para o Rio Potengi e a Praia da Redinha. A fortaleza em si tem uma história interessante sobre a proteção do território contra franceses e holandeses. Ficamos por lá cerca de meia hora, o que foi suficiente para explorar e aprender um pouco, e que com toda a certeza, vale a pena a visita.

Fortaleza dos Reis Magos na Praia do Meio em Natal.
Fortaleza dos Reis Magos na Praia do Meio em Natal

Por volta das 12h, após nosso lanche rápido no carro, pegamos a estrada em direção ao aeroporto de Natal. O processo de devolução do carro alugado foi tranquilo, sem qualquer ocorrência. Assim, por volta das 13h30, já estávamos no saguão para fazer o check-in. Aguardamos no portão de embarque até a hora certa e, finalmente, nosso voo para Guarulhos partiu às 18:10. Ao chegarmos em São Paulo, um casal de amigos já nos esperava, encerrando a viagem com o retorno para casa, onde chegamos por volta da meia-noite.

Gastronomia

Aqui estão algumas informações relevantes sobre alguns dos lugares que comemos durante a viagem. Constam somente alguns dos locais que realmente foram diferenciados por algum motivo. Além disso, vale o registro de que, independente da cidade ou local, a comida tem na maioria das vezes, um excelente custo-benefício.

Restaurante Quiosque Grande Lau – São Miguel dos Milagres
  • 🍴 Tipo de Comida: Frutos do mar.
  • 🍽️ Nosso Pedido: Bobó de Lagosta, acompanhado de arroz, salada e banana da terra frita. Bebidas: Antarctica Original e Suco Natural.
  • 💰 Faixa de Preço: Aprox. R$ 280 para duas pessoas.
  • ✅ Nossa Opinião: Uma experiência gastronômica que valeu cada centavo. Qualidade e sabor impecáveis.
Restaurante Favoritu’s – São Miguel dos Milagres
  • 🍴 Tipo de Comida: Comida caseira (Prato Feito).
  • 🍽️ Nosso Pedido: Arroz, feijão, frango, batata frita e salada. Suco natural e Coca KS.
  • 💰 Faixa de Preço: R$ 98 para duas pessoas.
  • Nossa Opinião: Excelente custo-benefício. Comida simples, honesta e muito saborosa. Ótima opção para o dia a dia.
Quiosque Tororó (da Folha) – Orla de Tambaú, João Pessoa
  • 🍴 Tipo de Comida: Frutos do mar e petiscos.
  • 🍽️ Nosso Pedido: Uma porção generosa de postas de peixe frito, com acompanhamentos. Baldinho de Corona Extra.
  • 💰 Faixa de Preço: Aprox. R$ 250 para duas pessoas.
  • Nossa Opinião: Comida muito bem servida em um ambiente agradável. A curiosa história da chegada tornou tudo mais especial.
Restaurante Varanda – Ponta Negra, Natal
  • 🍴 Tipo de Comida: Comida brasileira variada.
  • 🍽️ Nosso Pedido: No primeiro dia, peixe frito com arroz, feijão, batata frita e salada. No segundo, frango à parmegiana com os mesmos acompanhamentos.
  • 💰 Faixa de Preço: Aprox. R$ 150 em ambas as visitas, para duas pessoas.
  • Nossa Opinião: Comida boa, bem servida e com bom atendimento. Um local confiável e com preço justo em Ponta Negra.

Melhor época para visitar

Fomos em Outubro e foi uma escolha acertada. O clima estava excelente, e pegamos a região um pouco antes da superlotação da alta temporada. O período da alta temporada é de novembro a março. Para fugir de aglomerações e chuvas, o período entre setembro e novembro parece ser o ideal.

Dicas Adicionais

  • Planejamento: Marque pontos de interesse no mapa com antecedência, crie uma rota, mas seja flexível. Imprevistos acontecem.
  • Negocie Passeios: Sempre que possível, negocie os valores dos passeios. Na maioria das vezes é possível reduzir o preço.
  • Dividir para Economizar: Em passeios como o de buggy, dividir com outras pessoas pode reduzir o custo por pessoa drasticamente.
  • Pagamentos: Todos os lugares que fomos aceitavam Pix. É bom ter algum dinheiro para ambulantes.
  • Evite Intermediários: Para reservar uma hospedagem, talvez seja melhor reservar direto com os estabelecimentos em vez de usar serviços de terceiros, como Booking, ou outros. Isso pode ser mais fácil e até mais barato.

O veredito

  • É um passeio que faríamos novamente? Sim, mas com um foco diferente. Especialmente para explorar com mais calma São Miguel dos Milagres e outros pontos chave no Rio Grande do Norte.
  • O que nos agradou muito? A diversidade de cada lugar, a receptividade das pessoas e a liberdade que o carro nos deu.
  • O que faríamos diferente? Teríamos pesquisado mais sobre atrações locais. Deixamos de visitar o “Maior Cajueiro do Mundo” em Natal por pura falta de conhecimento.
  • Os pontos negativos: A superlotação em pontos turísticos famosos como Maragogi.
  • Nosso acerto: A rota linear com aluguel one-way. Poupou um dia inteiro de viagem de volta.
  • Nosso erro: Não ter inspecionado o carro na retirada e o planejamento falho que nos fez perder a visita ao cajueiro.

Por fim…

Esta viagem foi um reconhecimento de terreno. A experiência foi tão positiva que já começamos a planejar a “Parte 2”: partindo de Natal, explorar o que faltou e seguir subindo em direção ao Ceará.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.